domingo, 5 de agosto de 2012

Vai, Murray, ser feliz!


Nove de julho de 2012: escrevia sobre a final de Wimbledon.

Os protagonistas eram Roger FEDERER e Andy MURRAY.

E o título do post era: "Sabendo perder. E sabendo vencer" (aqui p/ ler).

Doeu ver Murray praticamente se desculpar por não ter ganho aquele jogo. 

E foi lindo ver Federer alcançar aquele recorde, mais um recorde, naquele lugar, naquela hora, daquele jeito...

[...]

Cinco de agosto de 2012: vinte e seis dias depois e a final das Olimpíadas.

Os protagonistas são os mesmos.

O título - embora o resultado tenha sido diferente - poderia ser o mesmo.

O suíço, como soube vencer 27 dias atrás, soube perder:

"Finalmente consegui uma medalha olímpica. Eu tive uma chance de conquistá-la há 12 anos, mas acabei perdendo a semifinal e depois a disputa do bronze. Andy (Murray) parecia que nunca duvidou de si mesmo, tinha um plano claro e funcionou. Ainda assim estou feliz. Ele jogou muito bem. Foi melhor, muito melhor do que eu hoje. Mas eu estou feliz com a minha medalha de prata. Não perdi a de ouro, ganhei a de prata."

O britânico, como soube perder, soube ganhar:

"Vocês não me veem sorrindo muito, mas eu estou muito feliz. Essa é uma experiência diferente de tudo o que eu já tive no tênis.  Foi a maior vitória da minha vida. Essa semana foi fantástica, me diverti bastante. Me senti muito bem em quadra. A atmosfera foi inacreditável. E o Lendl (treinador) me disse depois da final de Wimbledon que eu nunca mais jogaria sob tanta pressão quanto naquele dia. Hoje sou mais capacitado para lidar com as situações, me sinto muito melhor em quadra."

Murray GANHOU o jogo quando foi agressivo, quando sufocou e quando pôs o suíço - tantas vezes - em estado de dúvida. Hoje Murray pôs Federer na cadeira e foi ELE o professor.

Pode ser que ele agora ganhe seu 1º Grand Slam. Pode ser que não.

Mas Murray agora tem um dia pra contar e sentir orgulho do que fez pro mundo todo ver.

- Vai, Murray, SER FELIZ! 

Um comentário:

  1. "Em algum momento Murray decidiu que o seu velho jeito de ser não era bom o suficiente. Muito sofrimento e pouco arrojo em quadra não é uma simbiose para campeões. Se Federer não jogou hoje no seu gabarito, foi porque o outro não deixou."

    (Paulo Cleto)

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