quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Duas carreiras em uma.



Tenistas são, em sua maioria, pessoas legais.

Evidente que (como em qualquer outra classe) existem chatos(as) de galochas no circuito.

Mas Kim Clijsters sempre fez parte dessa maioria que citei no topo.

Simpática, atenciosa, transparente, educada e, mais que tudo isso, excelente tenista.

Sorriso no rosto.

Benquista por fãs e jogadores de tênis, imprensa, organizadores e tudo o que pode ter direito, a belga alcançou o posto de número 1 do mundo aos 20(!) anos de idade.

E parou (aos 23 anos).

Foi ser mamãe!

Dois anos mais tarde foi convidada para participar de um bate-bola na inauguração do teto retrátil de Wimbledon. Aceitou a honraria e se meteu a treinar para não fazer feio. 
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E aí algo mudou.
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Kim disse sentir saudades de com-pe-tir.
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Voltou a mil e pôs Sharapova, Serena & cia para rodarem.

Venceu 41 torneios no total, sendo 4 Grand Slam: US Open em 2005/2009/2010 e o Australian Open em 2011 - onde quebrou o entrevistador, assim.)

Em maio anunciou sua "segunda" aposentadoria. Kim disse que o US Open (por razões óbvias) seria sua última competição como profissional. 

Na noite de ontem foi eliminada por Laura Robson (de 18 anos). Em uma partida decidida em dois tie-breaks (duplo 7-6).

Kim poderia chorar. 

Eliminada e, a partir daquele instante, aposentada.

Mas, mais uma vez, sorriu! (E horas depois chegou à coletiva de imprensa batendo palmas e dizendo "last time!" - Veja aqui.)

Não há beleza NENHUMA em perder. Mas em saber perder, há. E MUITA!
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Kim deu uma aula de como fazer isso ontem a noite.
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E várias de como jogar tênis durante anos. Em quase duas carreiras...



Um comentário:

  1. Muito Bom! Me emocionou um pouco os dois textos e a realidade de duas grandes perdas no tenis mundial.

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