sexta-feira, 11 de junho de 2010

Começou A FESTA!


O famigerado comercial pergunta "O QUE FAZ VOCÊ FELIZ".

Se eu tivesse que responder com uma palavra, confesso que a cada segundo teria uma nova ideia.

Mas se o mesmo comercial perguntasse "O QUE FAZ VOCÊ ARREPIAR-SE", de cara, subitamente, eu responderia sem titubear: COPA DO MUNDO!

Parece que cada vez mais esse hiato de 4 anos de duração dá mais charme ao tão falado maior evento esportivo do planeta. O gosto é tão bom, que se me perguntassem se deveria haver Copa todo ano eu diria que não. É tão bom, mas tão bom, que se mexer corre o risco de estragar.

Meia hora antes da bola rolar, me posicionei frente à TV. Nenhum outro programa para mim teria mais importância. Nem mesmo a lorota matinal com direito a todos os membros mais assíduos e passagerios - às pessoas mais próximas: perceba a importância.

Pois bem.

Uma das coisas que acho mais FANTÁSTICAS, dentre dezenas que há, é a hora da execução dos hinos. Não perco! E fico doente quando perco - como perdi a Marselhesa hoje. Pra mim é como se fosse o ÚNICO momento de respeito PLENO ao adversário: cada qual canta o seu e respeita - sob silêncio, inclusive das vuvuzelas - o do país rival.

Hinos ecoados, cantados a plenos pulmões por alguns jogadores e torcedores.

A bola vai rolar.

Não sem antes a TV mostrar a cena mais bonita da Copa até aqui (foto do post): os "Bafana Bafana" fazem um circulo, abraçados uns aos outros, quase ao centro do gramado. Não é a habitual corrente final que quase todos os times fazem. É diferente. São dez jogadores formando o círculo, abraçados, o camisa 10 Steven Piennar ajoelhado ao centro e todos os seus companheiros com a mão sobre sua cabeça. Como se depositassem toda a força dos dez no talentosíssimo Steven Piennar - que não por acaso carrega o número 10 às costas.

Arrepiei-me até onde não tenho pelos. Quiçá até onde não tenho pele!


Ps.: Compartilho aqui dois trechos que retratam o que esta sendo essa Copa na África. Ambos fantásticos, em especial o segundo.

"Além de representar uma festividade esportiva, essa Copa coloca em evidência a alegria de um povo que durante 42 anos viveu sob a intolerância e ignorância de um regime de segregação racial chamado Apartheid. Mais do que isso, prova como o esporte bretão pode envolver bilhões de pessoas em questões que extrapolam os limites do campo de jogo.
Sob as bênçãos de um “santo” de nome Nelson Mandela, 32 seleções irão viver o auge em todos os sentidos. Disputar uma Copa é o máximo não só para os atletas, mas para todos os envolvidos. Do faxineiro ao jornalista, do policial ao juiz, poder participar de um evento como esse é, no mínimo, inesquecível
". (
http://blog.torcidanetshoes.com.br)

"Mas este é um país especial, que tem como ídolo e referência uma homem especial: Nelson Mandela. Até os anos 90, a África do Sul escrevia com sangue episódios que mancham a história da humanidade e foram batizados com uma única palavra: apartheid. Pois chegou a hora, sem revanchismos, paredões, linchamentos e mutilação, de mostrar um outro lado do país. O que se vê nas ruas é um belo sinal do que poderá acontecer desta sexta feira até o dia 11 de julho. Dá um orgulho danado – e este é um dos aspectos favoráveis desta profissão – ser testemunha desta história. A Copa do Mundo começa hoje, não tenho a menor idéia de quem será campeão, mas o gol mais bonito foi marcado por esta gente que sorri e dança". (Paulo C. Vasconcelos, http://colunas.sportv.globo.com/pcvasconcellos)
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