quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Quem demite é quem dirige.


Dizem por aí que o esporte preferido do brasileiro é o futebol.

Há quem discorde e diga que é falar da vida alheia.

Mas suspeito fortemente que é outro: covardia.

Ora, é evidente que quem pôs Dorival Jr na rua foi a DIRETORIA. Não foi Neymar, não foi a rebeldia de um moleque (no melhor dos sentidos) de 18 anos que demitiu o boa praça Dorival.

Mas claro: é muito mais fácil pintar o moleque como vilão

Sim, eu sei: qualquer tapado tem capacidade de perceber que Neymar errou.

Mas isso foi LÁ no princípio do episódio.

Desrespeitado, Dorival disse ter TODO o respaldo da diretoria do Santos para aplicar uma punição ao Neymar: multa de 30% do salário e afastamento por tempo indeterminado.

Neymar cumpriu afastamento no jogo de domingo.

Só que hoje é dia de clássico. Contra nada menos que o Corinthians, arqui-rival do Santos e líder do campeonato. Era necessário ser muito macho pra manter Neymar fora do time diante de um jogo desse calibre, não?

Pois em nome da disciplina, do respeito à hierarquia e do exemplo a ser seguido, Dorival Jr manteve o afastamento de Neymar.

Eu não vi o Neymar manifestar-se contra Dorival, você viu? O que eu vi foi, independentemente de serem sinceras ou não, o moleque pedir desculpas publicamente ao técnico, à torcida e aos colegas de time.

Só que, diferentemente de Dorival Jr, a diretoria não teve colhão pra ir pro jogo sem Neymar.

E como besteira pouca é bobagem no futebol brasileiro, a diretoria passou a mão na cabeça de Neymar e pôs Dorival na rua. Sim, isso mesmo: tomou aquilo que tinha dado ao técnico (o respaldo pra punir o moleque), bancou Neymar no jogo de logo mais, demitiu Dorival e ainda, de quebra, pôs Neymar na fogueira.

Sejam lúcidos: quem demitiu o técnico não foi Neymar. Foi o bando de bandidos que dirigem o Santos Futebol Clube. Esse bando que em momento algum prezou pela disciplina, mas sim pela não desvalorização de Neymar. Em momento algum pensou no Santos, mas apenas nos cofres cheios que pretendem ter com a venda de Neymar.

Dorival só ficará desempregado se quiser. O São Paulo já está de portas abertas.

E a diretoria do Santos? Além de dar uma mãozinha pro rival São Paulo, ainda jogou seu maior talento em campo na fogueira. É muita burrice.

Neymar já pagou (e pagaria hoje) pelo que fez. Ponto. É injusto e, acima de tudo, covarde o condenarmos até a morte por uma coisa que ele NÃO fez.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Us Open 2010.


Sábado, 11/09.
.
Dizer que gosta de tênis e não emendar se prefere Federer ou Nadal, é como dizer que gosta do futebol do Rio Grande do Sul e não especificar se é colorado (Internacional) ou tricolor (Grêmio).
.
É como se a informação fosse incompleta.
.
São, indiscutivelmente, os dois maiores gênios da atualidade no tênis: Federer atual número 2 do mundo e Nadal atual número 1 do mundo. Posições que já foram alternadas entre os mesmos Federer e Nadal.
.
Nadal entrou em quadra neste sábado, “atropelou” seu adversário de semifinal e assistiu de camarote – à espera dele, creio – Federer duelar com o então número 3 do mundo Djokovic. Não só Nadal, mas, o mundo veria uma memorável partida de tênis entre o suíço e o sérvio.
.
No tênis, Federer é o homem da genialidade, da técnica, do controle emocional. Djokovic tem lá suas qualidades – afinal, ninguém é o número 3 do mundo por acaso – mas é, acima de qualquer coisa, o homem do carisma. Aquele que joga porque gosta e não somente porque quer vencer.
.
E foi em uma partida de 3h44m, salvando DOIS match points, que ele derrotou Federer. Me arrisco dizer que Djokovic foi o estraga-prazer do dia. Sim, porque é evidente que a grande maioria esperava uma final entre Nadal e Federer. Djokovic foi – ainda não é – um monstro ao, entre outras coisas, não se entregar em nenhum momento diante de um Federer com DOIS match points.
.
Falei de “carisma” aí em cima, não foi? Pois bem, veja o que disse Djokovic ao vencer Roger Federer depois – repito – de ter salvo DOIS match points:
.
Naquele momento, eu apenas fechei os olhos e rebati as bolas o mais rápido possível. Se elas entrassem, muito bem. Se não entrassem, seria apenas mais uma derrota para Federer no US Open.”
.
Djokovic joga muita bola e é uma FIGURAÇA!
.
.
Ps.: Pra não passar em branco, na final o monstro - esse sim o é - Nadal venceu Djokovic e, com a única conquista que lhe faltava, foi o sétimo jogador a conquistar o "Career Golden Slam": ouro nos 4 grandes torneios de tênis.
Web Analytics