quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Acabou.


Parou.

Como já deveria ter feito em 2009, quando fez uma BOA temporada no Timão.

Mas em 2010 havia uma Libertadores a ser disputada e era de se entender um "estica" nesse processo de despedida dos gramados.

Só não é de se entender, de forma alguma, o tamanho da pança que Ronaldo ostentou o ano in-tei-ro. Ou agora sim, já que no seu discurso de despedida disse sofrer com o hipotireoidismo.

E me vem a pergunta: por que escondeu até agora algo que só poderia atenuar as críticas feitas ao próprio Ronaldo?

Agora pouco importa.

Ronaldo foi, sem dúvida alguma, o maior jogador brasileiro pós-Pelé.

O único que, na minha opinião, justificavelmente pode-se discutir se foi maior que Zidane da geração que os viu jogar. Eu confesso que tenho dúvidas. E fico com o francês pelo que o vi fazer na Copa 2006: Zidane foi fantástico nas fases decisivas daquele mundial.

Como Ronaldo foi espetacular na Copa da Ásia, em 2002. Talvez mais que Zizú em 2006. Discussão infindável.

Maior do mundo, caído com joelho partido em vários pedaços, choro em todas as emissoras do mundo, volta por cima em plena Copa do Mundo e artilharia com 8 gols em 7 jogos - 2 destes em na final derrubando uma muralha chamada Oliver kahn - e CAMPEÃO.

Artilheiro absoluto da história das Copas, eleito 3 vezes o melhor do mundo e maior atacante de todos os tempos: esse é o Fenômeno.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sem o mesmo gosto.


Pouco me importa se são 19 ou 50 anos sem vencê-los.

Um Brasil x França depois daquele fatídico 12 de julho de 1998 passou a ser muito mais que um jogo de futebol onde um sai vencedor, o outro vencido ou, em último caso, ambos iguais.

E mais ainda depois daquele, (talvez) um pouco menos fatídico, 1º de julho de 2006. Menos fatídico porque há quase 13 anos as duas seleções disputavam a final da Copa. Em 2006 eram "apenas" as quartas-de-final.

Em comum aos dois confrontos a atuação de um certo cidadão que atende pelo nome de Zinedine Zidane.

Em 1998, no mesmo Stade de France palco do jogo de amanhã, Zidane em duas cabeçadas (na bola!) preencheu e fechou o caixão canarinho que sonhava com a 5ª estrelinha na camisa. Atônitos, nós brasileiros insistíamos em dizer que perdemos aquela Copa pela convulsão de Ronaldo e cegos não víamos nascer um dos maiores jogadores de todos os tempos.

Zinedine quem?

Parecia ser preciso ter Zidane pela frente pra, enfim, tirarmos o chapéu pra ele.

E os deuses do futebol o puseram justo diante daquela que dizíamos ser a nossa "melhor geração em uma Copa". Discutíamos não se seríamos campeões, mas COMO seríamos: se ganhando de goleada, se com gols de bicicleta, se com o Gaúcho pedalando de marcha à ré, Ronaldo "voleiando", Adriano e Roberto Carlos soltando torpedos de todos os cantos do campo, Kaká dedicando seus gols às mais diversas igrejas, Robinho "chapelando" até o árbitro...

Zidane já havia dito sentir um "prazer especial" em enfrentar o Brasil. Pobres brasileiros...

Parecia um filme repetido: a Marselhesa, cumprimento especial no Ronaldo e a partir daí um pesadelo. Pra nós. Pedalou pra cima de Zé Roberto e Gilberto Silva, ajeitou na coxa e deixou Kaká olhando, fez embaixadinha pra cima do Gaúcho, ainda teve tempo de mandar o seu mais característico drible, o "roulette", pra cima do - já tonto - Gilberto Silva.

Zidane não teve pena sequer do amigo Ronaldo, à época já em forma de balão em campo: sapecou-lhe um chapéu sem dó nem piedade (foto).

Um show!

E dessa vez não houve convulsão ou qualquer coisa anormal. A atuação de Zidane foi daquelas de se guardar num DVD. "Uma atuação genial de um jogador genial contra o Brasil", bem definiu André Kfouri.

Amanhã Zidane não estará em campo. Infelizmente. O Brasil poderá (e deverá) ganhar.

Mas DU-VI-DO que terá o mesmo gosto que se tivesse ganho em um desses dois jogos.

Não pela Copa.

Mas por Zidane, nosso carrasco em duas Copas, não estar lá.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Fiasco anunciado.


Se você é dos que acham que o maior culpado pela patética queda do Corinthians NÃO é o Ronaldo, recomendo clicar no X no canto direito, alto da tela, e ir tomar um café.

Sim, porque eu e você não vemos o futebol da mesma forma.

Um time que "carrega" (literalmente!) um atleta nas condições físicas (?) em que se encontra Ronaldo Nazário não tem COMO triunfar. É sonhar alto demais achar que o um time do tamanho do Corinthians sobreviverá de lampejos (cada vez mais raros) de um jogador que, por mais fantástico que este seja, sequer cuida da forma física. Já disse em outras postagens: é constrangedora a pança do Ronaldo. Em plano aberto, nota-se pela TV a diferença entre ele e qualquer outro atleta. Parece um lutador de sumô vagando por um pasto verde.

E pior: triste não é perceber um Ronaldo (bem!) acima do peso. Triste é saber que ele CAGA para isso. Ou ainda dizer que ele ontem ele passou o jogo todo "pra lá e pra cá" sem dar um pique, um arranque... Quem aqui, sem delirar, é capaz de me mostrar algo que me fizesse (e faça) esperar algo além disso de alguém que parece não suportar o próprio peso?

Futebol não é guerra: de nada adianta ter um tanque lá na frente.

Em respeito à própria história Ronaldo deveria (oficialmente) deixar a vida de atleta.

"Cobrar", como é de seu direito, uma partida de despedida pela Seleção e dar ADEUS.

Assim mesmo, sem título na despedida, qualquer glamour ou coisa do tipo. Porque NINGUÉM dará um campeonato ao Corinthians em respeito à história do ex-Fenômeno. Se quiser se despedir erguendo uma taça Ronaldo terá de mudar MUITO. Mas MUITO mesmo. E mesmo se tratando de alguém que deu A VOLTA POR CIMA, em 2002, não creio nisso. Aos meus olhos, falta o quesito MOTIVAÇÃO para o dentuço.

Um jogador eleito TRÊS vezes o melhor do mundo, artilheiro isolado na história das Copas e com currículo capaz de cansar qualquer leitor não tem o direito de ir à Colômbia passar vergonha diante do Tolima (quem?).
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