quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Sobre o Federer 2014 e o "FeDal 33".


Mais do que um Federer agressivo, intenso, e que não tem dado as famosas "madeiradas" de backhand e as famigeradas "viajadas", dá pra ver um suíço confiante, mais a fim e mais bem treinado. Há algo mais indispensável pr'um atleta, que consagrou-se e notabilizou-se por uma precisão letal nos seus golpes, que a confiança?

Não, não há.

Que 2013 foi um ano que não deixou saudades pro suíço todo mundo sabe. A troca de raquete (sai a de 90 e entra a de 98 polegadas) e a mudança de treinador são pontos importantíssimos nessa mudança de postura (por quê não?) em quadra. Falou-se em contusão nas costas boa parte do ano, mas o que ficava claro mesmo em cada duelo que o exigia mais era um Federer indeciso, dúbio, e, por consequência, impreciso. Se notadamente a cabeça ia mal, o corpo/físico embalava ladeira a baixo.

A queda precoce em Wimbledon deve ter doído muito. E se a queda no US Open não foi mais dolorosa que a de Londres, por outro lado foi responsável pelo estalo de que mudanças precisavam ser feitas:


"Tenho que voltar a trabalhar e voltar mais forte. 
Esquecer esta derrota o mais rápido possível porque não é assim que quero jogar de agora em diante.
Quero jogar melhor. Sei que posso. Mostrei isto nas últimas semanas, então esta derrota é bastante frustrante." (extraído daqui)

Com duas atuações espetaculares nas oitavas e nas quartas-de-final, contra Tsonga (10) e Murray (3) respectivamente, o "Federer 2014" virou o favorito ao título do primeiro Slam do ano - e que ninguém diga que seria capaz de uma semana atrás apostar seu dinheiro como o suíço estaria na semifinal. Enfrenta seu maior algoz na semifinal: Rafa Nadal.

E agora, Roger?

Pelo que apresentaram os dois tenistas até agora no torneio, numa análise sem levar em conta os números do duelo, dá pra dizer que são imensas as chances de uma final suíça em Melbourne (do outro lado da chave Wawrinka garantiu sua primeira final de Grand Slam). E como se não bastasse ter pela frente o Federer que o mundo não via desde julho/2012, Nadal tem jogado com uma enorme bolha na mão esquerda - sim, o espanhol é canhoto!

Penso que o resultado do set será mais-que-fundamental para as pretensões dos dois tenistas, especialmente pro suíço. Uma derrota na parcial inicial pode trazer à cabeça deste o head to head de 22 a 10 a favor do espanhol.

Embora saiba (talvez mais do que ninguém!) que subestimar o Touro Miúra seja imperdoável, HOJE Federer tem certeza que pode vencer Nadal. Ano passado tinha dúvida - enquanto do outro lado Nadal tinha certeza que poderia derrotar o suíço.

Come on, Roger!




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