segunda-feira, 22 de abril de 2013

Apenas um homem.


Certa vez li que Marco Aurélio, imperador romano, andava com um servo ao seu lado com a incumbência de sussurrar ao seu ouvido:

"Lembre-se, você é apenas um homem. Apenas um homem".

Pés no chão.

Rafael Nadal chegou para a disputa do Master1000 de Monte Carlo com o peso de favorito (ganhou as últimas OITO edições; 2005-2012) e um discurso de "apenas um homem":

"Não posso dizer que sou o maior favorito para vencer aqui de novo. 
Não é um evento fácil de ganhar. Não quero perder a perspectiva, mas também não quero perder. Tudo na vida acaba algum dia. 
Um dia as vitórias vão acabar, nada dura para sempre".

Pés no chão.

No meio (no fim!) do caminho tinha o Djokovic em um dia igualzinho aos (muitos) que o sérvio viveu em 2011, melhor ano de sua carreira. Mais do que jogar no seu nível máximo, na maior parte do set inicial Novak encurralou Nadal de forma que o octocampeão do torneio monegasco não conseguia sequer jogar. Como num sonho, chegou a abir 5-0 no 1º set (e isso significa MUITA coisa contra "Nadal-king-of-clay").

Fim de jogo e beijo na terra. Ou, no chão!

Com as parciais de 6-2 e 7-6, Djokovic não só interrompeu a já fantástica sequência de títulos do espanhol em Monte Carlo como também impediu que Nadal fosse o primeiro tenista da era profissional a ganhar nove vezes o mesmo torneio.

O número 1 do mundo sendo número 1 em Monte Carlo.


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